domingo, dezembro 31, 2006

A morte

Neste final de ano que está muito próximo, passei por quase todas as casas que visito (blogs) e posso respirar saúde, felizmente, porque há vida na maioria delas.

O sentimento negativo fica para as “civilizações ocidentais” maioritariamente sedeadas na velha Europa.

Qual a punição a aplicar por esta, àquela “democracia oriental” que contra todos os sinais de humanismo aplica a lei de talião?

Adeus 2006

sexta-feira, dezembro 29, 2006

“Parideiras”

A mulher continua sem poder almejar um tratamento digno de seres humanos.

Um pouco por tudo quanto é democracia, totalitarismo ou outras fantasias hipócritas próprias da pré-história, mas activas na era das tecnologias disparadas rumo ao colapso, resume o papel secundário da mulher.

Mulheres parideiras.

Não pela viva afeição que nos impele para o ser dos nossos desejos.
Não pela paixão e desejo sobre o ser da nossa afeição.
Não pelo sentimento “animal” de gerar em amor um descendente do nosso sangue.

Mas por dinheiro!

Os primeiros passos começam a ser dados na Alemanha.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Apenas diferente

Está finando-se mais um ano, nas nossas “sobre”vivências cá por este País à beira da confusão maior.

A esta hora, certamente muitos escribas pagos para isso, afiam os lápis numa retrospectiva nem sempre fiel das realidades vividas ou assistidas, tomando uma futurologia digna dos mais imaginosos “previdentes”, quase sempre de acordo com a cor das benesses a reclamar herdeiros.

O nosso Portugal está diferente.
Nem pior nem melhor, apenas diferente.

Procurem entrar no novo ano, com os pés bem assentes na terra.

Estará feita a vontade de quem?

Depois do enorme folhetim proporcionado pela CM de Mangualde conjuntamente com os dirigentes da Peugeot, a noticia do provável encerramento da fábrica naquele concelho, acaba por ser o corolário das más intenções de alguém.

No fim, são sempre os mesmos que se lixam.

Citroën .. as coisas agravam-se . Ano novo .. vida velha

terça-feira, dezembro 26, 2006

De negação em negação, assim vai a Igreja católica

Esta época que acabamos de atravessar, podia ter servido para os representantes da maioritária, quiçá mais rica congregação religiosa existente no planeta, se retratar dos pecaminosos caminhos que vem trilhando.

“Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”

Deveria servir como padrão da sua existência na terra.
Mas com os sinais enviados, regista-se apenas uma negação dos ensinamentos alegadamente colhidos.

Felicita Bush

Únete a Amnistía Internacional en nuestra felicitación al presidente Bush en el 5º aniversario del campo de detenidos de Guantánamo. Lee esta tarjeta on-line, fírmala, y se la haremos llegar el próximo 11 de enero, fecha del aniversario.Haz clic aquí y felicita Bush.




segunda-feira, dezembro 25, 2006

Um conto de Natal

Não tem necessariamente de abordar temas religiosos, de fraternidade entre crentes, de consumismo exagerado, da miséria para uns, do fausto para outros.

Comummente aceite como uma festa religiosa de cariz marcadamente pagão, não deverá ver reflectido nesse tal conto de Natal o fausto dos actores que representam as mais variadas formas de religião, ou sonhos não realizados.

Nem sequer a dos políticos que não estando em campanha eleitoral nada devem prometer.

É essencial que um conto de Natal realce a bondade das pessoas, o amor desinteressado, a reunião da família que se repetirá um ano depois, com o mesmo sentimento de saudade e de desinteresse pagão. Mantendo vivos esses laços agora restabelecidos, alargando-os até, em sentimentos de solidariedade para com a sociedade mais desfavorecida e na denúncia das prepotências que quotidianamente nos invadem o viver.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Vivam de acordo com o vosso eu

Nascido em berço de palha o “rei”.
Terá sorrido para o mundo de então.
Que não tardou em o humilhar e matar.
Para talvez mais ninguém ousar lutar.

É o que nos diz a história?

Tenham todos, um Bom dia de Natal, na companhia de quem mais queiram e recusem por favor, a hipocrisia e a falsa modéstia.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Que ninguém se deixe embarcar na nau da fantasia.

Da justiça tanto se tem escrito, mas não passam de esperanças despejadas sobre os guetos da imaginação.

Eu até quero acreditar da honestidade profissional da magistrada, mas não consigo crer na imparcialidade do sistema.

E afinal, quem acaba por denotar maior determinação na afirmação dos seus valores? Tudo aquilo que reconhecidamente assinalamos como nefasto.
Ou pelo contrário, tudo aquilo que sonhamos dever ser o quotidiano sério.

Socialmente não prevejo grandes alterações na ordem pública, caso a magistrada consiga trabalhar em prol da sociedade.
O mesmo não consigo imaginar se a Senhora for atropelada, física ou profissionalmente.
Mas até aqui, acabo por acreditar mais na fatalidade dos Portugueses, do que na sua responsabilidade sobre o seu próprio destino.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O Pai Natal não existe

Eu sempre soube que o Pai Natal não existia, pelo menos até onde a memória consegue recuar.
Recordo ainda menino, entre outras traquinices, não entender porque nos mentiam os adultos, apenas porque era Natal.
Como podia eu acreditar num tal disparate para um determinado dia, quando todo o ano eu entendia as vicissitudes do quotidiano, que sempre se tornaram em diferenças marcantes.
Como eu sinto pena de muitos meninos e meninas, que ainda hoje são iludidos pelos progenitores que não querem, ou não sabem assumir as próprias diferenças e responsabilidades.
Serão tradições que vêm passando de muitos Pais para muitos filhos, cá em casa não passou, também não sei o que ganhei com isso, tenho apenas consciência que nunca menti aos meus filhos.

Esta é aquela semana de todas as solidariedades, de todas as ofertas, do lado da justiça também veio uma prenda para o sapatinho.
Vamos ver o que nos reserva o ano novo.

Nas casas de muitos Portugueses esta será uma “consoada” pobre.
Mas tenham esperança,pois:
Se não existissem os pobres como é que os ricos viviam?

terça-feira, dezembro 12, 2006

Começa a faltar a paciência.

Para conviver pacificamente, com quem quotidianamente nos procura passar um atestado de estupidez.

O ministro da Saúde, Correia de Campos, voltou ontem a apelar à indústria farmacêutica para que baixe os preços dos medicamentos antigos para que os novos fármacos possam ter mais espaço no mercado. in DD


Preço dos medicamentos em 8 países


Em 2005, o preço de fabricante dos medicamentos em Portugal era, em média, 15% superior ao de Itália, país de referência. Este ano, o Governo e a indústria farmacêutica mudaram os cálculos sem ouvir o consumidor, que será o principal lesado.

Para a nossa amostra, em média, o preço de fabricante em Portugal era 15% superior ao de Itália, país de referência com o preço mínimo.
Tal denuncia que a lei em vigor até final de 2005 não foi respeitada na íntegra.
Com esta diferença, a redução de 6% sobre o preço final dos medicamentos sujeitos a receita médica e comparticipados, decretada no final de 2005, não foi suficiente para compensar o que os portugueses pagavam a mais.

Do acordo celebrado entre a indústria farmacêutica (Apifarma) e o Ministério da
Saúde surgiu uma nova metodologia de fixação de preços para os medicamentos sujeitos a receita médica.

O mais adequado seria ter por base o preço mínimo de fabricante na União
Europeia,para compensar o menor poder de compra dos portugueses.

Mas este protocolo segue outro caminho, fixando, para os novos medicamentos, o preço máximo a partir da média de quatro países (além dos três de referência, a Grécia).

O resultado será, provavelmente, um agravamento dos preços, pois a média de quatro países será superior ao mínimo praticado em três países, considerados dos mais baratos.
Porquê mudar o antigo sistema, quando bastaria seguir à risca os seus pressupostos?
Se assim fosse, teríamos dos preços mais baixos da Europa.

Fonte:DecoProteste

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Castelos de Areia

Os meios de protecção das Praias da Caparica concluídos no passado Verão, certamente que obedeceram a aturados estudos, embora sendo previsível a sua fragilidade, não quero agora questionar as boas intenções de quem mandou executar a obra nem sequer de quem procedeu aos estudos.
O que todos os veraneantes têm consciência é que cada dia (cada verão) há menos areia e mais água nas praias da zona central da Caparica.
“As primeiras marés nesta zona, parece que levaram apenas as escadas de acesso às praias”.

A zona mais a Norte, conhecida como Praia de S. João, não foi bafejada pela sorte de ter alguma intervenção proteccionista das suas já pequenas dunas.
Talvez o facto das terras que envolvem as dunas pelo seu interior, por serem pertença de uma entidade particular, não tenha direito a intervenção do INAG.

Com honras de visita ministerial, foram iniciadas medidas de protecção provisória.
Trata-se apenas de retirar areia da própria praia para reforçar as dunas.
Faz lembrar os castelos de areia construídos nas praias, por tantos jovens e outros, que o mar se encarrega de destruir.
Estes meios paliativos não me causariam grande apreensão, não se desse o caso mais do que provável do seu resultado prático.
De no próximo Verão os fundões originados pela retirada das areias, virem a resultar num mar mais perigoso para a prática balnear.

sábado, dezembro 09, 2006

Gaivotas em terra.

Um dia, um grupinho de rapazolas imberbes “caçou” uma gaivota mais distraída.
Cruéis na sua imbecilidade, cortaram-lhe as guias das asas, a gaivota não chorou porque as gaivotas não choram, a natureza deixou isso para os homens, do mesmo modo que dotou as gaivotas de asas para serem livres.

Nunca mais soube dos tais rapazolas, da gaivota, sei que alguém cuidou até poder voar.

Hoje, quando vejo pairar algum bando de gaivotas sobre a terra, penso, será que elas procuram os tais rapazolas para fazerem justiça?

sexta-feira, dezembro 08, 2006

É apenas a Natureza.

Bombeiros e Protecção civil no Concelho de Almada, parecem estar preocupados com a segurança das praias e dos bens das pessoas, nas praias mais a Norte na Costa de Caparica.

Afinal é uma preocupação anual. Não passa disso mesmo.
Aquilo que está ao alcance do homem, aquilo que deve ser feito, para conjugar as vivências das gentes e do mar, não está na mão dos Bombeiros nem da Protecção Civil.
Aquele Mar da foto que encima este poste é o mesmo mar que no verão acaricia corpos mais acalorados.
Um mar imenso espartilhado pela estupidez humana, que teima em prosseguir com a destruição da Natureza.
A foz do Tejo, ali mesmo ao lado das Praias do Norte (Praia de S. João), vem sendo sistematicamente esmagada, quer por um Porto de descarga de combustíveis da Nato que destruí-o a “Cova do Vapor” potencial viveiro marinho, alterou definitivamente a geografia da foz do Tejo e alastrou essa destruição às Praias de S. João.
Mais recente, a implantação de um cais de descarga de cereais a granel, logo ao lado do da Nato, reapertou o espartilho e de novo a configuração geográfica foi alterada e uma vez mais as praias da Costa de Caparica vieram a ser penalizadas.
Aquilo a que se assiste hoje é apenas a continuação dos erros do passado, que apesar do somatório ser demasiado elevado não impede, que já andem a estudar uma nova forma de espartilhar de novo a foz do Tejo.
Desta feita será um terminal marítimo de contentores e por arrasto o desaparecimento das Praias de S. João e subsequentemente o alastrar do espartilho às Praias mais a Sul da Costa de Caparica.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Novelas do quotidiano

Quer-me parecer que estão a decorrer um pouco por todo o país, filmagens de uma nova novela.
Não descobri qual o canal que a vai exibir.
Mas já sei o nome!
"Operação furacão"

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Um postalzito para o Coelhinho do Natal

O parlamento Europeu anda às voltas (anda?), com as passeatas de alguns aviões alegadamente da CIA, que até nem é uma companhia de aviação reconhecida.

Dizem que procuram provas de alegadas ilegalidades cometidas pela CIA, que não devem ter nada que ver com a administração Americana.

E vieram de Bruxelas até Lisboa à pesca…
Então não têm lá o “cherne” ?

terça-feira, dezembro 05, 2006

Anorexia de um sistema

Estamos cá todos. Salvo os que vá lá saber-se porquê, já partiram.
E agora todos reunidos, vamos contabilizar o nosso sistema.

Idos os anos loucos da revolução dos cravos, quem não extravasou os seus limites.

Quem não bebeu da fonte da liberdade embriagando-se até aos limites do endividamento, perdendo toda a identidade.
Quem não usurpou o seu direito a caminhar tranquilo nas ruas, pela velocidade incontrolável do seu bólide quotidianamente em filas compactas nas estradas e auto-estradas, construídas a preceito com as sobras dos dinheiros da CEE.
Quem não aplaudiu como se do clube do seu coração se trata-se, a evolução das espécies raras da politica Nacional, que vêm enriquecendo algum do tecido empresarial com bancos (onde nos não sentamos) à mistura.
Quem trocou o amor e uma cabana, pelos empreendimentos de betão pouco consistentes com a sua cotação e que nos vêm escravizando até que a morte nos separe, ou as penhoras nos imolem.
Quem se esqueceu que a idade não perdoa e que os dias férteis têm uma duração cada vez maior mas com ganhos cada dia menores.
Quem esconde a cabeça na areia para não sucumbir aos apelos desenfreados do consumismo inútil.
Anorexia, acaba por ser um sintoma, uma perda de apetite autónoma que ameaça colectivizar toda uma sociedade amorfa em favor dos agiotas do costume.

Valha-nos que existe a Internet, lugar onde ainda vamos podendo vomitar a indignação sem sujar o fato de algum paisano.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

A Entidade Reguladora da Saúde

Procura justificar os “impostos” ali investidos e alerta estar a investigar o comportamento de 36 hospitais, sobre o acompanhamento de doentes com esclerose múltipla.

Nos hospitais, não conheço nenhum tipo de recusa de atendimento a um qualquer doente, por este não ter dinheiro.
Mas conheço muitos casos, de muitos doentes, que não têm assistência atempada nos hospitais.
Do mesmo modo que conheço muitos hospitais, relutantes em custear os transportes dos doentes em ambulâncias, quando este custo está determinado legalmente.

domingo, dezembro 03, 2006

Caridadezinha, não muito obrigado.

Os Homens e mulheres que serviram Portugal e que por este foram utilizados nos jogos de guerra, entre portas ou fora delas, não são cidadãos de segunda ou de inferior consideração.
O estado mobilizou milhares de jovens para ingressarem nas Forças Armadas.
A esmagadora maioria por lá andou “voluntariamente” 2 a 4 anos.
Deixando para trás promessas de qualificação profissional, de estabilidade, de emprego.
O mínimo exigível, até mesmo a um estado ditatorial e fascizante, seria a contagem efectiva do tempo de serviço para efeitos de reforma.
De um estado Democrático não se espera outra actuação.
Está de bem com a sua consciência, a Associação de Antigos Combatentes do Ultramar, ao reivindicar, não uma prestação pecuniária demagogicamente prometida por PP, mas o reconhecimento de um direito constantemente abominado.

Este reconhecimento e a regularização pecuniária à CNP de todos os montantes em dívida, relativos aos descontos dos ex-militares.

sábado, dezembro 02, 2006

A criança o pescador cego e o mar

Dentro do vazio do teu olhar, agora envolto no breu da noite.
Olhos fixos no nada, olhos que já abrangeram horizontes inacessíveis.
Mãos rijas, salgadas ainda.
Mãos sem tremores que calcam o tabaco no velho cachimbo, com a mesma determinação com que sujeitam as minhas, quando te guiam.
A chama amarela do fósforo que parece ensinada, no seu destino de atear o tabaco.
E o fumo que se eleva, soprado pela tua boca já sem dentes.
Á tardinha, gostavas que te leva-se à praia antes do sol se pôr e ali sentado olhavas o teu vazio.
O mar sussurrava umas vezes, berrava outras, mas ficavas quase indiferente, não fosse uma gota de água mais libertina que vi assomar nos teus olhos sem vida.
A contra gosto um dia, levei-te pela mão como a um menino e junto dele deixei que te envolvesse os pés.
Pareceste assustado.
Parvoíce a minha, a firmeza com que apertaste a minha mão não revelava temor, sinto-o hoje, era apenas respeito e uma imensa saudade.
Hoje sozinho, quando à tardinha descalço chuto as pequenas ondas na praia, vejo o teu cabelo branco sobre elas e o fumo do teu cachimbo no horizonte.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

“O velho tá maluco”

“Entre marido e mulher não metas a colher”. Um dito antigo que não faz muito sentido nos dias que correm, nomeadamente em determinadas circunstâncias.

Foi o caso de um casal na mesa ao meu lado, que acaloradamente debatia o próximo referendo.

Procurei esclarecer:
O próximo referendo não visa instituir a IVG como mais um serviço do SNS.
Nem sequer como um substituto dos meios anticonceptivos normais.

Está apenas em causa a liberdade da mulher.

O facto da mulher ter ao seu dispor a vantagem de não ser penalizada criminalmente vai permitir-lhe sem temores, recorrer a apoio médico, que aconselhe, que esclareça que encaminhe e não muito mais do que isso.

Se quiser “abortar” continua a fazer tal e qual como hoje, recorre a médicos que no SNS se recusam a interromper uma gravidez, mas que o fazem amplamente em clínicas privadas.

Curiosa a forma como me encararam, olhos nos olhos (entre eles), olhares cúmplices que acredito tenham interiorizado, “ o velho tá maluco”.