sexta-feira, março 30, 2007

Metamorfoses de uma crise forjada

Crianças feitas homens, brincando num mundo de homens maus, num mundo de apenas alguns.

O obscurantismo oculta a realidade de quem sofre por mera ignorância, por pura estultice, pela inconsciência ou inexistência de vontade própria, tomada à letra pelos condutores da “condição humana” subserviente.

Os oásis da liberdade, ocultam nas suas areias macias e finas, nas suas sombras projectadas pelos raios solares, armadilhas, tardiamente decifradas.

segunda-feira, março 26, 2007

INAG ( … --- … )

Acorrer a SOS será o papel do INAG?

Numa lista publicada pelo INAG, pode constatar-se que das cerca de 117 intervenções efectuadas na defesa da Orla Costeira na última década (1995/2006) 27 delas, são assinaladas como intervenções de Emergência (23%).

A outra curiosidade vem datada de Março/Abril de 2003 data da primeira (?) intervenção de emergência nas Praias de S. João, com a “reconstrução" do cordão dunar.

Para prosseguir em Abril/Maio do mesmo ano, com a "reconstrução" da defesa frontal (dunar) da Praia do Norte da Caparica (Parques de Campismo).

E voltar em Dezembro de 2006 a reforçar o cordão dunar na mesma praia a norte dos Parques de Campismo.

E de novo, para reconstruir um troço do cordão dunar, na mesma praia, em Janeiro de 2007.

E Fevereiro e Março e, e, e...

E quantos milhões de Euros depauperaram o erário público, numa “sementeira” sem tino, de areia ao mar?

Impunemente???

quinta-feira, março 22, 2007

A varinha mágica ou

A “Lâmpada de Aladino” (leia-se “ a lâmpada de Sócrates”)

Um duende pequenino segredou-me certo dia, que havia perdido a sua lâmpada mágica e aflito, tremia só de pensar se quem a tenha encontrado utiliza os seus três favores, ele não mais encontrará o caminho de regresso à sua terra.
Não consegui acalmar o nervosismo do pequeno duende, pois temo que dois desses favores tenham já sido utilizados…

quarta-feira, março 21, 2007

Hoje estive contigo

No ar soprava uma brisa forte que te encrespava o ondulado.
Do céu desciam raios multicolores que te riscavam o verde e as transparências de onde se entreviam os grãos amarelados da areia submersa.

Um princípio de tarde quase primaveril, a apreensão no olhar de todos quantos te miram e receiam.

Tu meu amigo de quase sempre, fonte (in) esgotável da vida, tão martirizado pelo lixo humano de homens sem vergonha, tão espartilhado pela avareza de governos sem escrúpulos, ainda assim te permites em dias mais soalheiros, partilhar o teu corpo, a tua vida, o teu poder, com as insignificantes gentes que te procuram e quase desprezam.

Hoje estive contigo, falei-te apenas em surdina para que os homens não me tomassem por louco, mas um destes dias, vou despir-me de humanidades e contigo embriagar-me na volúpia da tua força, para que me abraces e eu retribua como quando era criança.

Triste Primavera

Já não consigo ouvir o chilreio das Andorinhas
Esta Primavera anunciando.

Talvez devido ao silêncio de tantas criancinhas
Neste mundo ignóbil vegetando.

segunda-feira, março 12, 2007

Eurovisão

A cantata que por aí se vai escutando, concedendo largos poderes de controlo policial (será que os não detém já?) à imaginação do inquilino de S. Bento, vêm contribuir para o acervo do dislate que nos adormece para os reais problemas da sociedade Portuguesa e Europeia.

A comunicação Social escrita e falada está como quase sempre esteve ao serviço do grande capital, de grandes grupos de pressão.

O cerne da questão poderá ser, não os apetites “imperiais” de José Sócrates, mas de toda a casta de dirigentes políticos da velha Europa, a braços com o envelhecimento crescente da sua população, com os desafios vindos das economias Orientais, com os ares maléficos que sopram dos “Stats”.

O “Império” vive dias dramáticos, as ruas estão pejadas de desempregados, os lucros não têm sido abrangentes.

Alguém crê que em nome da segurança dos cidadãos, mais de uns, que de outros, vai surgir uma nova raça de políticos, com um apetite voraz para cercear a liberdade individual de cada um, assim como nos tempos idos do velho botas?

domingo, março 11, 2007

Quando os ricos fazem a guerra

são sempre os pobres que morrem (Sartre)

Tenho lido um pouco de tudo quanto por aí surge, papel ou Internet.
Galvanizados por um programa televisivo que trata de aldrabar a história de um povo, os inconscientes quiçá saudosistas de um poder autista e repressivo começam a sair da toca.

Acaba por ser sem surpresa que se escuta e até lê, que o”estado novo” terá sido o melhor de toda a história Portuguesa, quiçá o maior até em termos económicos.

Deve ser por essa ordem de razões, que eu e tantos milhares de Portugueses perdemos o gosto por uma sandes de azeitonas, uma açorda de pão, uma fatia de toucinho, umas cavalas ou umas sardas secas, uma sopa de arroz e feijão, umas batatas cozidas com um fio de azeite.

Deve ser igualmente por essa ordem de razões, que a assistência social não existia, que o analfabetismo imperava, que as manifestações de desagrado face às políticas eram reprimidas, que os desagrados pelos atentados à dignidade da pessoa humana eram drasticamente punidos, que os pobres, os excluídos, os mendigos, eram presos aquando da visita de alguma figura ou figurão importante.

Estou atento ao apelo dos fantasmas que gesticulam, atento mas não acobardado, nem sequer acomodado e muito menos silenciado…

sábado, março 10, 2007

Ressaca

Estou com uma ressaca que alimentava um regimento (da mentira).

O vinho quer-se bom, deve beber-se com moderação, com gosto.
Assim tal e qual como a coragem de que nos ufanos, antes de nos mijar-mos.

Bolas!
Venha lá um galão, antes de vomitar o major.

sexta-feira, março 09, 2007

A Televisão pública não aprende.

E legado menor, maltrata (com a cumplicidade bastarda de apelidados eruditos) a História de um Povo, de uma Nação, que merecem um e outra muito mais respeito e que de modo algum se podem vender.

Os grandes Portugueses são naquele programa, abastardados!

Os grandes Portugueses são quer queiram quer não, o Povo anónimo que tudo tem suportado, desde as ditaduras fascistas às ditaduras democráticas.

Pobre Povo que te deixas embriagar com o néctar dos déspotas…

quinta-feira, março 08, 2007

Um dia, todos os dias.


quarta-feira, março 07, 2007

O Botas

Acabaria por ser uma cadeira a atentar eficazmente contra a sua senilidade.
Devemos afinal todos nós, estar gratos à malandra da cadeira, cujo acto (irreflectido) nos permite hoje, estar aqui a “navegar” sem carta da UN.

Esses,são eles...

É reconhecido, que as reformas apresentadas pelo governo são na generalidade necessárias.
Não existe tanta certeza, quanto à bondade do caminho já percorrido ou anunciado.
Basta a constatação da menoridade aplicada no controlo da riqueza crescente numa minoria de cidadãos, em contraste com o gritante alastramento da precariedade e da pobreza em Portugal.

Dizia-me voz amiga; “Deixa lá. Vais ver que se trata apenas de um jogo estudado. Daqui a dias eles vão ter de se voltar para essa minoria.”

Não vão não!
Retorqui eu, esses são eles próprios…

segunda-feira, março 05, 2007

As ruínas do ditador.

A edilidade da terra natal do defunto ditador, quer aproveitar-se da memória deste, objectivando ressarcir-se do abandono a que o desnaturado filho de Santa Comba Dão votou a terra que o viu nascer.

Não tenho nada contra.

É verdade, não tenho nada contra a pretensão do jovem autarca, ainda que os sentimentos que o movem possam ser controversos.

Os mais antigos, conhecem de sobra as atrocidades mandadas executar por Salazar, os mais carentes, têm no corpo e na inteligência as marcas indeléveis da ditadura.
Mas são os cidadãos mais novos deste País, os mais carentes sobre o conhecimento da faceta mais negra da nossa história.


Espera-se que seja erguida a casa museu do ditador.
Assim sem mais rendilhados.
Sem operações de cosmética nem de branqueamento.
Deseja-se que naquela casa seja instalada a verdade, tantas vezes sonegada pelo ditador.
E que aos jovens lhes seja facultada a liberdade, de aprenderem a conhecer o que foi a ditadura.

domingo, março 04, 2007

Olá a todos.

A juventude já foi muito mais do que uma esperança de liberdade, ou até uma certeza de revolta.

Em cada um, existe muito mais do que a rebeldia própria do fulgor da juventude, ou a sobriedade de vivências adquiridas.

Existe também a família, que pretendemos consolidada porque nos dá jeito, quiçá porque tudo fizemos para que lhe falte muito pouco.

Mas não é bem assim, a família existe enquanto pessoa, também ela envelhecida, também ela muito carente e não raro, omitimos os seus problemas quando nos deixamos assoberbar pelos problemas da sociedade.
Acabamos, pelo envolvimento em lutas tão díspares, em desenvolvimentos de ideias e presunções, por não darmos conta das brechas que se vão abrindo nas nossas muralhas.

Este foi um tempo sem tempo, um tempo de reflexão, um tempo de acerto, um tempo de ajustes, um tempo de temperança.

Vamos porfiar!