domingo, março 11, 2007

Quando os ricos fazem a guerra

são sempre os pobres que morrem (Sartre)

Tenho lido um pouco de tudo quanto por aí surge, papel ou Internet.
Galvanizados por um programa televisivo que trata de aldrabar a história de um povo, os inconscientes quiçá saudosistas de um poder autista e repressivo começam a sair da toca.

Acaba por ser sem surpresa que se escuta e até lê, que o”estado novo” terá sido o melhor de toda a história Portuguesa, quiçá o maior até em termos económicos.

Deve ser por essa ordem de razões, que eu e tantos milhares de Portugueses perdemos o gosto por uma sandes de azeitonas, uma açorda de pão, uma fatia de toucinho, umas cavalas ou umas sardas secas, uma sopa de arroz e feijão, umas batatas cozidas com um fio de azeite.

Deve ser igualmente por essa ordem de razões, que a assistência social não existia, que o analfabetismo imperava, que as manifestações de desagrado face às políticas eram reprimidas, que os desagrados pelos atentados à dignidade da pessoa humana eram drasticamente punidos, que os pobres, os excluídos, os mendigos, eram presos aquando da visita de alguma figura ou figurão importante.

Estou atento ao apelo dos fantasmas que gesticulam, atento mas não acobardado, nem sequer acomodado e muito menos silenciado…

2 opinou:

At 11.3.07, Blogger Maria said...

Silenciados, Nunca!

Fica bem

 
At 17.3.07, Blogger contradicoes said...

Não me parece muito provável essa possibilidade e muito menos desejável que tal aventura aconteça.

 

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