segunda-feira, julho 31, 2006

Vá lá saber-se…

Até pode parecer, que há a registar uma autêntica descoordenação e ou incompetência entre os serviços do Ministério das Finanças e a INCM.
Ou entre a primeira entidade e os “revendedores do “famoso” selo do carro, vulgo imposto municipal automóvel.
Nada mais erróneo.
A visão da equipa do MF não é suplantada por nenhuma equipa de visionários ao serviço de qualquer comunidade científica ou para-científica.

Amigo do peito, sussurrou-me ao ouvido, que a aparente descoordenação entre o pagamento do imposto e a entrega do dístico para colar no carro, se ficará a dever apenas, à sábia fórmula que o MF encontrou para garantir o financiamento antecipado da feitura do tal papelinho.
Vá lá saber-se…

sexta-feira, julho 28, 2006

Quem vos protege.



Nos dias que correm, o avanço das tecnologias de ponta inseridas nos meios militares já não admitem erros na escolha e alcance dos alvos.
Tudo quanto se diga sobre “alvos atacados por engano”, é um absoluto disparate.

Em qualquer tipo de intervenção armada, num tipo de guerra não convencional, como a que se registou na ex. Jugoslávia com a intervenção da NATO e dos seus ataques “selectivos”, a maior quantidade de vítimas foi registada na população civil, com especial relevo para as crianças e mulheres.

Deveriam ter ficado avisados, todos quantos acompanharam aquelas actividades.
Mas ninguém fez caso.

No Iraque, as tropas Americanas utilizaram o mesmo tipo de argumentos bélicos, com naturalmente o mesmo tipo de resultados.
Parece que todos deram conta desse facto, que muitos falaram e protestaram, mas ninguém guardou ensinamentos da lição.

Hoje o Mundo vem assistindo, INDIFERENTE, à chacina de umas centenas de crianças no médio Oriente, provocadas DELIBERADAMENTE pela maior potência militar na região.

A 24 de Julho deste ano, o Conselho de Segurança reuniu-se HIPOCRITAMENTE
Em debate terão estado os próximos passos concretos para proteger as crianças em zonas de conflito.
Dali não saiu nada que promete-se um mínimo de segurança às crianças no Médio Oriente.


Um dia até pode ser que dali nasça algo de inovador, mas até lá, que vai ser das crianças senhores???

(fotos retiradas daqui)

quarta-feira, julho 26, 2006

ENSAIO 1

NOSSO NÃO

Vivemos numa sociedade meio adormecida, individualistas por vocação.
Estremecemos apenas, não quando nos sacodem, mas quando nos arruínam.

Criamos nossos filhos, não à nossa imagem, mas qual peça pré-fabricada por estereótipos e modas de ocasião, facilmente descartável por solavancos da caminhada.

Somos o fruto do nosso não querer, das nossas ambiguidades, do nosso isolamento. Permitimos que nos moldassem a seu modo, aniquilando a personalidade que devíamos ter herdado e que não sabemos legar aos nossos filhos.

Ou como escreveu o Poeta…


Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.


Eugénio de Andrade