A história mal contada
de uma menina abandonada (depositada) num lar que não sendo o seu, acabou por ser onde tem crescido, alegadamente com muito amor.
Os homens da justiça, vulgo Juízes, são tidos em conta como os mais “ ajuizados” quiçá os menos influenciáveis. Frio, quase gélida a posição que transpareceu para fora do tribunal da decisão por este tomada.
Desta história toda, muito mal contada repito-o, quem acaba por ser penalizada, direi sem surpresas, irremediavelmente penalizada, é a menor que ainda mal abriu os olhos para a selva onde veio desabrochar.
Ao MP muito mais que ao Juiz, caberia o papel de destrinçar atempadamente todos os meandros desta história.
Mas aquilo que se sente, é que o MP não só não fez adequadamente os trabalhos de casa, como terá transferido as responsabilidades para o tribunal.
Ao Sr. Procurador-geral, muito mais que encontrar uma saída airosa para este imbróglio que os homens e mulheres, com a complacência, quiçá cumplicidade da justiça, criaram àquela criança, tem de assumidamente e nos limites da sua competência, de averiguar ou mandatar quem o faça, no sentido de esclarecer toda a verdade, todos os interesses camuflados, toda a incompetência manifestada.
O Povo Português tem razões de sobra para estar descrente na justiça que por cá se vai aplicando. Não será já tempo de mudar alguma coisa?