sábado, janeiro 27, 2007

A história mal contada

de uma menina abandonada (depositada) num lar que não sendo o seu, acabou por ser onde tem crescido, alegadamente com muito amor.

Os homens da justiça, vulgo Juízes, são tidos em conta como os mais “ ajuizados” quiçá os menos influenciáveis. Frio, quase gélida a posição que transpareceu para fora do tribunal da decisão por este tomada.

Desta história toda, muito mal contada repito-o, quem acaba por ser penalizada, direi sem surpresas, irremediavelmente penalizada, é a menor que ainda mal abriu os olhos para a selva onde veio desabrochar.

Ao MP muito mais que ao Juiz, caberia o papel de destrinçar atempadamente todos os meandros desta história.
Mas aquilo que se sente, é que o MP não só não fez adequadamente os trabalhos de casa, como terá transferido as responsabilidades para o tribunal.

Ao Sr. Procurador-geral, muito mais que encontrar uma saída airosa para este imbróglio que os homens e mulheres, com a complacência, quiçá cumplicidade da justiça, criaram àquela criança, tem de assumidamente e nos limites da sua competência, de averiguar ou mandatar quem o faça, no sentido de esclarecer toda a verdade, todos os interesses camuflados, toda a incompetência manifestada.

O Povo Português tem razões de sobra para estar descrente na justiça que por cá se vai aplicando. Não será já tempo de mudar alguma coisa?

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Notas breves

Apenas quem teve a felicidade de acompanhar a gestação de um ser humano, dentro do corpo da mulher que se ama, poderá entender a grandiosidade da maternidade.
Dou de barato as dotas opiniões de quem, assumidamente, nunca ousará “beber tal néctar” impróprio para “deuses”.


A falta de educação sexual no circulo restrito das famílias.
Os preconceitos religiosos, a imposição de modelos contra natura que inibem a mulher de engravidar sobe pena de ser excluída do emprego.
O egocentrismo do companheiro que sobrepõe o seu prazer (privado) ao amor partilhado.
Tornam a mulher na vítima principal de um modelo de sociedade desajustado.

Vamos votar num referendo, que apenas visa julgar o papel da mulher na sociedade.
Na consciência de cada um de nós, vai estar a decisão.

Pelo sim. Pelo não.

Em 11 de Fevereiro, não fiques em casa…

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Volta e meia acontece.

Para lá da realidade, descortinam-se ventos de notícia, daquele tipo de notícia que vende.
Agora calhou a vez à autarquia Lisboeta.

Mas nestas coisas, mesmo que se prove que existe corrupção, há sempre um vício que inocenta toda a gente.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Empate técnico ou farsa admitida.

O que sobressai na diferença entre a maioria dos que defendem o não e dos que defendem o sim à despenalização da IVG, acaba por ser a vontade, admitida por uns e outros, de “não querem mulheres em tribunal”.

Claramente há muito mais que os divide, mas poucos o admitem.

Por cá a ideia é a mesma,:
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado

SIM!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Uma voz só, não basta.

A sociedade não hesita em marginalizar a mulher, que desamparada, tomada pelo pânico da exclusão e da prisão, toma no silêncio da sua dor uma atitude irreversível.
Sem nenhum tipo de aconselhamento, sem um nico de apoio humanitário.

Sem a ameaça da exclusão, da prisão, ou da perseguição, a mulher já não estará só, já poderá usufruir de algum acompanhamento clínico sem constrangimentos.

Assim o entendam, as associações “pró-vida”, os clérigos, os políticos, o cidadão anónimo em sua própria casa, os médicos objectores e os indecisos.

É tempo da sexualidade deixar de ser um tabu.
É tempo de por omissão, obscurantismo ou vergonha, os Pais deixarem de ser surpreendidos pela gravidez da sua filhota adolescente.

É tempo de dizer basta aos preconceitos que ofuscam a realidade com a vergonha.

sábado, janeiro 20, 2007

Morreu à espera de socorro.

O Ministro da saúde bem pode estar orgulhoso do serviço que tem vindo a prestar aos cangalheiros e ao seu colega da segurança social.

Só em Odemira, em 15 dias, menos dois cidadãos, menos dois pensonistas.


Portugal Diário

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Areia

O sistema permite, banaliza e recomenda, que médicos do SNS passem receitas, oriundas de clínicos privados, aos utentes que se apresentem nos centros de saúde munidos de receita fraudulenta ou não, ou até de uma caixa vazia de um qualquer medicamento.
Sem registos, sem perguntas, sem o contacto do clínico com o utente.

Não haverá vinhetas falsas.
Há é muito oportunismo no sistema.
E é do conhecimento da ordem dos médicos.
E é do conhecimento da Inspecção-geral de Saúde

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Os “valores morais”

dos não.
Já há muito referenciados.

Não
Às relações sexuais cujo objectivo não vise a procriação.
Não
À educação sexual nas escolas.
Não
À educação sexual dos filhos no lar materno/paterno.
Não
À utilização de métodos anticonceptivos.
Não
À utilização do preservativo.
Não
À procriação medicamente assistida.

Não
À interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

Jagunços entram noutras histórias…

17 De Janeiro

Reduzido o efeito sedativo do anti-histamínico, reposto o nível de calor para os 36,5º, sobra ainda uma tosse mais renitente, mas creio poder dizer que os níveis naturais de defesa do corpo humano estão cá.

Vai sendo tempo de colocar a leitura mais em dia e alguma escrita que se solte.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

I.V.G.

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?».


Obviamente, sim!

domingo, janeiro 07, 2007

Deu-me para o sentimento.

Quase todos os que por aqui passam, têm conhecimento da minha paixão pelo mar.
E hoje estou mais apaixonado e grato do que nunca.

Então não é que o INAG resolveu mais uma vez presentear o mar da Caparica com areia, para este a tornar a levar!

Até parecem duas crianças a brincar.
É lindo, podem crer.

sábado, janeiro 06, 2007

É tudo uma questão de dinheiro.

Desde os tempos do Zé do Telhado, do Alves dos Reis, do Barroso etc.

Os nossos fiéis (?) aliados de há tantos séculos, ainda terão para bem recordar um tal de “Robin dos Bosques”, nós como habitualmente nem isso.

Chora quase meio Portugal, por via da lei deste governo afirmado socialista não permitir que qualquer assalariado ganhe mais do que o 1º ministro.
Estando assim em causa a permanência do “Xerife” dos impostos, dado o alto vencimento auferido.

Num dos pratos da balança estará esse alto vencimento, no outro o resultado apresentado.

Meras questões aritméticas.
Que estabelecem dúvidas pertinentes.

Os resultados apresentados pelo tal “Xerife” são fruto da sua capacidade de organização e vontade de trabalhar em prol da sociedade?
Não se trata de nenhum esquema, em que a alta remuneração procura evitar certas tentações?

Então meus amigos, das duas uma, ou promovemos o 1º ministro a “Xerife” ou o inverso…

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ainda o “esquife” salgado

O drama é sempre dantesco, mesmo que ocorra longe dos olhares.
Desta feita ocorreu com a praia à vista (como tantos outros ocorreram já).

A esperança da salvação para quem estava em terra firme era o helicóptero.
Apenas porque este tardou, apenas porque até estava bom tempo, boa visibilidade, ruim seria se ele não se atrasa-se e o tempo não permitisse a aproximação necessária.

Assim foi muito mau porque pescadores morreram.

Mas os homens do mar, que viveram enquanto aguentaram aquele drama, talvez apenas desejassem um cabo, um simples cabo que os poderia arrastar até terra firme.

É aqui no meu entender, que as autarquias ribeirinhas têm uma palavra crucial, dotando as suas corporações de Bombeiros, do equipamento essencial para salvamentos no mar, quer em período estival, quer no Inverno.


Mas estes são raciocínios meus, que de modo algum devem ser encarados como desculpabilizantes para quem quer que seja.

terça-feira, janeiro 02, 2007

O mar não é traiçoeiro.

Eu procurei não me pronunciar, nem para lamentar, ou solidarizar-me, com a tragédia que envolveu na sexta-feira passada, os homens do mar.

Eu amo o mar e respeito-o, já lutei com ele para salvar a minha vida e a de outros menos respeitadores, já assisti a naufrágios tragédia e a outros onde o homem ganhou a batalha.
Mas continuo-o apaixonado por aquela majestosa massa de água e acima de tudo respeito-o.

É verdade que sei as dificuldades no uso de coletes salva-vidas, nas manobras a bordo de um pesqueiro, é igualmente verdade que sei da comodidade do uso de botas de borracha ou de fatos de oleado, assim como sei que a falta dos primeiros e o uso dos segundos, são a principal causa de morte em acidentes no mar.

Não me venham com lamechas os senhores presidentes de câmara, que nunca fizeram nada pela segurança das gentes do mar.

Há que exigir mais e melhor segurança, aos armadores, às autarquias, ao Instituto de Socorro a Náufragos e ao Governo. Pela ordem aqui apresentada e não por outra qualquer, mais ao sabor do triste imediatismo do que da cruel realidade.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

A frase que nos marca

Esperei pacientemente pelo sermão do Sr. Aníbal, para decidir em consciência, qual a melhor frase, lida ou escutada neste início de mais um ano.
E sem menosprezar quem quer que seja, eis;

“Porra 2007 só trás promessas para 2008” ( 2 Rosas )