terça-feira, novembro 14, 2006

Não há enganos.

O “fardo” torna-se a cada dia mais pesado, as opções de mudança misturam-se com a aridez dos dias sempre iguais.
Temo que já não haja retorno nem vigor no sangue que embora sinta ainda correr nas veias, já não é o mesmo.
Acabam por ser quimeras, os sonhos vilipendiados por quem acreditámos.
Não tivemos a capacidade de espalhar a semente da recusa, da recusa da canga.
Sinto-me feliz, porque apesar de tudo ainda consigo resistir, ainda consigo carregar os fardos dos ideais justos porque sociais.

Por vezes paro e interrogo-me vale a pena?
Toda uma vida a recusar a canga, a remar contra os ventos da ignomínia, a demonstrar que a seriedade é apenas apanágio dos justos.
A globalização é a armadilha que nos vêm estendendo, porque global apenas no sentido dos oportunistas que a formalizaram.
Encheram, enchem os nossos jovens de velas ufanas de liberdade, de liberdade sem custos, sem custos aparentes.
Cobram, cobram um peso inestimável de cidadania e de humanidade.

Um petiz, um, dez reis de gente como dizia o nosso povo na sua crua sabedoria, ofereceu-me sem querer uma boa luta.
A sua inocência não irá beber do desfecho da batalha mas o seu crescimento pode ser mais salutar.

Assim o eu de ontem, permaneça firme nos dias de hoje.
Pois nunca fui homem de virar as costas a uma boa luta, na defesa dos mais desprotegidos.

2 opinou:

At 15.11.06, Blogger Manuel Veiga said...

não há engano possível, tens razão! por vezes desãnimo, mas nunca desistência. pois há mais mundo que nem sempre o olhar alcança.

abraço fraterno

 
At 15.11.06, Anonymous Anónimo said...

Todos somos poucos...
»»»»Há Caminhos não andados que esperam por alguem««««.
Teologia da Libertação.
Concilio Vaticano II. - 1965
Chegou na integra ao grande publico
depois do 25 de Abril - 9 Anos.
Os Botas I e II - Esconderam tal...
poetaeusou(lutando)

 

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