Para onde o partidarismo dos sindicatos conduz os trabalhadores?

No quase rescaldo de uma jornada de luta dos trabalhadores da função pública, o saldo será claramente favorável aos Sindicatos e ao Governo.
Tudo se resumirá a posições intransigentes sobejamente conhecidas, a números quantitativos.

Apenas os trabalhadores sairão uma vez mais prejudicados.

Aqueles que assumidamente apoiaram esta jornada, que se quereria de luta, de aproximação e de esclarecimento, saem certamente defraudados, dado o marasmo das actividades sindicais, dada a reduzida luz emanada da sua paralisação.

Para os outros, que apenas (ironicamente) aproveitaram mais um dia ou dois de folga, a suas próprias expensas, terá sido uma festa.

Mas no concreto, a substância da reivindicação dilui-se no silêncio quase cobarde com que as representações sindicais alimentaram esta paralisação.

Não há registo de concentração de trabalhadores à porta dos seus locais de trabalho, esclarecendo os utentes, das suas razões.
Não há registo de manifestações sindicais de esclarecimento aos trabalhadores e ao cidadão comum.