sábado, outubro 14, 2006

«Se fosse para fazer a sério»

Em entrevista recente um membro do governo denota preocupação, face a áreas no Ministério da Saúde que apresentam sinais de colapso.

Este reconhecimento de um facto por demais conhecido, não iliba a secretária de Estado Adjunta da Saúde e muito menos o próprio Ministro, das responsabilidades assumidas pelo colapso do SNS.

Inevitavelmente, o erro grosseiro das políticas praticadas no sector, vão acabar por metamorfosear o SNS, transformando-o num sorvedouro ainda maior dos dinheiros públicos e dos utentes, até ao colapso.

A criação das Unidades de Saúde Familiar, que é afinal mais um remendo na forma de organização dos cuidados de saúde primários, trata essencialmente de “recauchutar” o modo e o tempo da assistência médica.

Queixa-se a governante de dificuldades, na mobilidade de funcionários, a organização caótica, a falta de técnicos informáticos.

Pudera, dos poucos funcionários que realizaram formação a nível informático quantos foram escolhidos para integrarem as equipas das U.S.F.?
E quantos com elevados conhecimentos de informática estão no atendimento público?

3 opinou:

At 15.10.06, Blogger contradicoes said...

Meu caro amigo, é certo a importância do conhecimento informático do pessoal administrativo que presta serviço nas unidades de saúde para não acontecerem aqueles erros constantes de que vamos dando conta. Mas o problema do SNS reside essencialmente na indisciplina reinante nas unidades de saúde. Quem é que controla o horário de trabalho dos médicos?. Já reparou que por exemplo nos Centros de Saúde alguns deles entram próximo do meio dia e às 13 horas ou 14 saem e mais ninguém lhes põe a vista em cima. Quer maior rebardaria que isto. Sabia que eles atendem doentes pelo telefone e registam isso como uma consulta que afinal se resume a passar uma receita de continuidade dum medicamento? Não culpemos só o titular da pasta isto chegou a este estado critico por uma enorme quota da culpa dos profissionais de saúde.

 
At 16.10.06, Anonymous Anónimo said...

Bom ponto de vista, mas também concordo com o que Zé escreveu, mas não controlando as saidas e entrdas dos funcionarios que isto lá vai.
Para mim o mal não é atendimento publico nem os trabalhadores mas sim de quem gere e governa este pais, que não mete profissionais a gerir mas sim partidarios e acessores a pedido de varios lobbys ou o que lhe quieserem chamar.
Um abraço
paulo

 
At 18.10.06, Blogger AJB - martelo said...

quem se lixa é o mexilhão desgraçado que não tem graveto para mandar estes gajos àquela parte de vez...embora isto não resolva, se houvesse verdadeiro interesse e honestidade esta trampa entrava nos eixos.

 

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