Traumas do nosso quotidiano.
Definida a data da consulta ao Povo, sobre a despenalização da IVG, importa certamente não esquecer os resultados práticos que não serão alterados, qualquer
que seja o resultado do referendo de 11 de Fevereiro.
A educação sexual dos jovens, continuará deficiente e/ou inexistente.
As consultas de aconselhamento sexual continuarão inexistentes.
Os médicos de “família”continuarão a não saber aconselhar uma gravidez não desejada, ou a sua prevenção.
Outros médicos continuarão a não praticar a IVG.
Mas outros manterão as suas práticas de IVG nas clínicas particulares a troco de muitos Euros.
Por tudo isto e ainda pelas razões sobejamente conhecidas, cada um é livre de optar pelo caminho que entenda percorrer ou que pretenda que outros percorram.
Cá por casa, o voto no sim, é uma pedrada no charco contra o arbítrio de quem sem conhecimento de causa, não se inibe de perseguir as mulheres que por maioria de razões, opta por sacrificar uma parte de si mesma, quem sabe com que traumas.