terça-feira, outubro 31, 2006

O Amor e as correrias dos humanos

Sentado nesta mesa onde aguardo pela refeição, vou deitando um olhar pelos restantes clientes, sentados uns, de pé outros.

Nas mesas, conversas animadas de damas idosas, aqui e ali pintalgadas num hino à juventude que passou.
Vão saboreando o alimento entre olhares e ditos, talvez de cumplicidades que a vida transportou.

De pé, sorvendo apressadamente uma sandes e um qualquer sumo, alguns homens e mulheres em silêncio, cumprem um ritual.

Na mesa ao meu lado, um casal de enamorados, talvez na casa dos setenta ou oitenta anos, saboreia deliciosamente um pastel de nata e um café.
Ele havia chegado, mal se sustendo nas pernas trémulas, apoiado em duas “canadianas”, ela mais “gaiteira”, toda melosa para o seu homem.
Não lhe ralhou, quando a nata do pastel lhe retirou a dentadura da boca, lesta, esticou a mão empunhando um guardanapo que lhe cobriu a boca vazia, deitando-me um olhar meio cúmplice entre palavras de ternura.

Soube-me bem aquele almoço…

O espaço como coutada.

Pode ler-se na Euronews:

(O espaço não é uma coutada reservada aos grandes países. As pequenas nações, que cada vez mais aderem à Agencia Espacial Europeia, também têm uma palavra a dizer.)

Dizeres de gente de boa vontade, presumo eu.

Talvez as afirmações deste tipo tenham levado a reacções deste calibre.

(Resulta que Mr Bush ha aprobado el 31 de agosto una política (a la que no ha hecho ninguna publicidad) por la cual EEUU tiene derecho a vetar el acceso al espacio (sí, el espacio exterior, lo que queda fuera del planeta tierra) a todo aquel que les de la gana o le caiga poco simpático. Vamos, que se creen que el espacio es suyo ("el espacio", ea... con todas sus estrellitas).

segunda-feira, outubro 30, 2006

Quando o Planeta se torna pequeno

Nas voltas que a Internet permite, tropecei num blog “por decir algo…” cujo dialecto não identifica à primeira as suas origens.

Interessante o titulo de um artigo com a seguinte denominação
(A George Bush la Tierra se le queda pequeña)

A terra (planeta) é demasiado pequena para as grandezas do Americano.
Ou será que teme que o "discípulo" se esconda no espaço extraterrestre?

domingo, outubro 29, 2006

O sinal









Interpreto como um sinal claro…

sábado, outubro 28, 2006

Medo

Medo, muito medo…

“Amostras de terra retiradas das crateras de bombas israelitas no Líbano mostram elevadas taxas de radioactividade, sugerindo que foram utilizadas armas à base de urânio, revela a imprensa britânica.”
RR

Definitivamente desisto.

De entender os porquês dos políticos não serem sérios e pior, já nem se preocuparem em parecê-lo.

O Ministro da Saúde sabe que as suas “unidades de saúde familiar” não dependem apenas da apresentação de candidaturas, nem sequer da sua aprovação, para serem implementadas.

Mas orgulhosamente escamoteia a verdade.

Pois que continue orgulhosamente só na sua teimosia, rodeado por uma cambada de políticos sem tino…

sexta-feira, outubro 27, 2006

Muralhas

Enquanto elementos de pleno direito da humanidade, não podemos deixar de nos envergonhar, com quantos muros por aí se vão implantando, em nome de bestialidades mais ou menos hostis ao progresso.

Não vale a pena que o presidente do México demonstre alguma indignação face às pretensões do governo Americano em mandar construir um muro a dividir os dois países.
Pouca importância terá a oposição manifestada por uma larga maioria dos cidadãos Americanos face à construção do citado muro.
Afinal a loucura atinge muita gente que se pretendia ser lúcida.

Ironia é o dado quase adquirido que aquela construção vai acabar por ser erguida por emigrantes, ilegais ou não.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Desatinos ciganos

Chovem na minha cidade
Desatinos ciganos.

As ruas quais rios trespassados
Por deuses na puberdade.

Não choram os gentios
Desafortunados.
Pelo clamor dos rios
Desgovernados.

Olham o horizonte tão perto.
Nas paredes e muros alagados.
O futuro quanto mais incerto
Dos anseios sempre adiados.

Dançam os deuses no céu
Libertinos.
Entoando loas à incúria desleixada.
E aos desatinos.
Porta aberta ao escarcéu.
Por uma sociedade tão lixada.

terça-feira, outubro 24, 2006

O SANTO PADROEIRO












O líder do PSD saiu hoje em defesa dos funcionários públicos,com críticas ao Governo.

domingo, outubro 22, 2006

Faça-se Luz.

No dia 17 do corrente mês, manifestei aqui, alguma apreensão sobre o futuro imediato.

O comportamento recente de dois secretários de estado, um o Adjunto da Indústria e da Inovação e o outro o Adjunto e da Educação, vêm infelizmente dar-me razão.

Quando se governa um tanto às cegas, sem debate ideológico interno, acaba-se por cometer erros de palmatória.
Se no caso do secretário de estado da industria, este terá sido apanhado pelas manobras da ER provavelmente em conluio com o ministro Manuel Pinho, de modo a que este e o governo no seu conjunto pudessem surgir como bem quistos, o mesmo já não ouso ajuizar do secretário de estado da Educação, pela simples razão da minha recusa em admitir que a ministra da tutela tenha o mesmo sentido de estado.

Todos nós não teremos nenhuma dificuldade em admitir, que as reformas em curso levadas a cabo com alguma coragem por este governo, apenas pecam por tardias e muito mais importante, por que pouco alargadas no universo corporativo da sociedade Portuguesa.

Ou o governo de J. Sócrates e o partido que lhe dá cobertura, arrepiam caminho e começam a governar, para lá das directrizes da CE e FMI, obviamente tendo como meta a recuperação económica, com os trabalhadores e agentes económicos interessados no desenvolvimento do País e apenas com estes.
Ou corremos o sério risco, de andar de sacrifício em sacrifico sem meta à vista, até que um qualquer governo do PSD a este suceda e tornem as manigâncias e arranjinhos
o seu modo de governar.

O próximo congresso Socialista deverá funcionar como linimento a alguma cegueira já instalada.
Assim sejam inteligentes à acção requerida…

quinta-feira, outubro 19, 2006

Descriminalizar.

Está em preparação mais uma consulta popular, sobre a alteração da lei que criminaliza as mulheres que optam por interromper uma gravidez não desejada.
Mais uma jogada suja dos políticos.

Discutem os políticos, discutem os clérigos, discutem as associações que clamam pela vida.
Eu não espero que a população Portuguesa fique mais informada depois dessas discussões. Nem a população, nem os políticos nem os clérigos, nem as associações.

Que é uma vergonha, numa sociedade moderna, todos virarem as costas a um problema real, ninguém duvidará.
A sociedade não hesita em marginalizar a mulher que desamparada, tomada pelo pânico da exclusão e da prisão, toma no silêncio da sua dor, uma atitude irreversível.

Sem nenhum tipo de aconselhamento, sem um nico de apoio humanitário.

É imperioso que a IVG seja descriminalizada.
A bem da saúde pública!

Não liberalizada, não legalizada, como muitos pretendem fazer passar, talvez para que não passe.

Sem a ameaça da exclusão, da prisão, ou da perseguição, a mulher já não estará só, já poderá usufruir de algum acompanhamento clínico sem constrangimentos.

terça-feira, outubro 17, 2006

O Novembro que se anuncia

O Orçamento de Estado para 2007 e o congresso do PS para Novembro.

Começo a recear que a falta de debate ideológico no PS, acabe por transformar o Estado previdência, em Estado social.
Temo é que passado Novembro, já nem este subsista…

segunda-feira, outubro 16, 2006

A I.V.G. (parte II)

As razões que encaminham uma mulher para a IVG, não diferem muito de caso para caso, são por demais conhecidas, escuso referi-las.

Lidar com uma gravidez não desejada, tem sido uma “cruz” muito pesada sobre os ombros da mulher, que numa larga percentagem, nem sequer conta com o carinho, o conforto, o apoio do companheiro.

A sociedade sempre lesta a julgar, mas pouco atenta a formar, está em conflito consigo própria.
A compreensão plena da vida sexual e reprodutiva da mulher deve ser incluída na formação sexual do homem e da mulher e não apenas desta última.
Este ciclo de formação deverá iniciar-se tão cedo quanto possível, tendo em conta igualmente as características sociais e culturais dos diversos estratos da população.
A par deste tão urgente desenvolvimento da educação sexual dos jovens, têm os serviços de saúde de se adaptarem às novas realidades, no planeamento familiar.

Porque é muito errónea a opinião de que todas as mulheres têm acesso a contracepção segura.
Que têm pleno controlo sobre o momento em que têm relações sexuais.
Que têm um companheiro esclarecido e cooperante.

continua...

domingo, outubro 15, 2006

A Interrupção Voluntária da Gravidez

Uma ligeira contribuição sobre a temática da IVG

A decisão de interromper uma gravidez menos desejada, incómoda ou mesmo inoportuna, é inteiramente pessoal e deve ser tomada na privacidade do casal (quando essa ligação é consistente) e na privacidade de uma consulta entre a mulher e o seu médico.

Esta difícil decisão, não deve ser subjugada a interesses públicos, pudicos, ideológicos ou religiosos.

Daí que toda legislação societária existente acabe por ser o veículo motor do aborto não seguro, com todas as consequências nefastas, sobejamente conhecidas.

Não devo temer classificar como hipócritas, todos quantos em nome de “verdades próprias” falsamente humanistas, pretendem decidir em nome de outrem.

Daí que a penalização criminal da IVG seja por si só, um “aborto” das sociedades medievais em pleno século XXI

Continua…

sábado, outubro 14, 2006

«Se fosse para fazer a sério»

Em entrevista recente um membro do governo denota preocupação, face a áreas no Ministério da Saúde que apresentam sinais de colapso.

Este reconhecimento de um facto por demais conhecido, não iliba a secretária de Estado Adjunta da Saúde e muito menos o próprio Ministro, das responsabilidades assumidas pelo colapso do SNS.

Inevitavelmente, o erro grosseiro das políticas praticadas no sector, vão acabar por metamorfosear o SNS, transformando-o num sorvedouro ainda maior dos dinheiros públicos e dos utentes, até ao colapso.

A criação das Unidades de Saúde Familiar, que é afinal mais um remendo na forma de organização dos cuidados de saúde primários, trata essencialmente de “recauchutar” o modo e o tempo da assistência médica.

Queixa-se a governante de dificuldades, na mobilidade de funcionários, a organização caótica, a falta de técnicos informáticos.

Pudera, dos poucos funcionários que realizaram formação a nível informático quantos foram escolhidos para integrarem as equipas das U.S.F.?
E quantos com elevados conhecimentos de informática estão no atendimento público?

quinta-feira, outubro 12, 2006

E-mail (aberto)

E-mail aberto
ao Sr. Ministro da Saúde.

Excelência.

A maioria dos Portugueses está ciente das dificuldades que o País vem passando.
Essa mesma maioria tem é alguma dificuldade em entender o porquê
de serem sempre os mesmos a pagarem a crise.

Talvez porque embora sendo uma maioria é tolerante e pacifica.

Eu até acredito que o governante pensa.
Pensará estar a governar bem.
Pensará que as leis que produz são boas para o povo.

Mas e o Povo?
Será que pensa da mesma maneira que o governante?

Eu sei que o governante sabe, que as medidas que tem preconizado não têm dado bons frutos para a saúde dos Portugueses.
E sei ainda que o governante sabe, que ao tentar modificar padrões de estilo, sem tocar nos genes do problema, entra num beco sem saída.

Este seria um problema exclusivo do governante, não se desse o facto do governante fazer pagar o Povo, pelos erros que ele governante pratica.

A maioria dos Portugueses sabe, que as novas taxas a aplicar na saúde vão render pouco mais que nada aos cofres do estado (foi o governante quem o disse), mas essa mesma maioria tem alguma dificuldade em entender a razão da aplicação daquelas taxas, até porque ninguém se candidata a operações cirúrgicas por vontade própria, antes por carências de saúde.

O governante entende que o valor da taxa a cobrar é insignificante.
O governante compara o valor da taxa, com outras taxas praticadas noutros Países.
Mas eu sei que o governante sabe, que está a governar para os Portugueses e não para os nacionais desses outros Países.
E sei igualmente que o governante sabe, que os salários reais da maioria dos Portugueses, se esconde, do mais baixo dos salários praticados nesses outros Países.

E é por eu saber que o governante sabe, que fico sem entender, o que o governante anda a fazer.

Pela não imposição de mais taxas na saúde.
Pela Democracia para todos.


Um seu concidadão.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Mais taxas na Saúde

Humor Negro

George Bush vai a um colégio de ensino fundamental para falar sobre
a guerra.
Após seu discurso,ele diz às crianças que lhe podem perguntar
qualquer coisa.

Um menino levanta a mão.
Bush pergunta seu nome:
- Meu nome é Bob.
- E qual é a sua pergunta, Bob?
- Tenho 3 perguntas.
Primeira: Por que os EUA invadiram o Iraque sem o apoio da ONU?
Segunda:Por que o senhor é presidente se Al Gore teve mais votos
que o senhor?
Terceira: O que aconteceu com Bin Laden?

Quando Bush se preparava para responder à pergunta, o sinal do
recreio tocou.

Bush disse às crianças que continuariam depois do recreio.
Quando acaba o recreio, Bush pergunta:
- Onde estávamos? Ah, sim! Estávamos nas perguntas.
Alguém quer perguntar-me alguma coisa?

Outro menino levanta a mão. George pergunta a ele como se chama.
- Steve
- E qual é a sua pergunta, Steve?
- Tenho 5 perguntas:
Primeira: Por que os EUA invadiram o Iraque sem o apoio da ONU?
Segunda: Por que o senhor é presidente se Al Gore teve mais votos
que o senhor?
Terceira: O que aconteceu com Bin Laden?
Quarta: porque o sinal do recreio tocou 20 minutos antes?
E quinta: Onde está o BOB?

(Recebido por mail)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Sim, já me tinham dito.

No dia em que é empossado o novo Procurador-Geral da Republica, faz eco na comunicação Social que:
(O Pacto de Justiça assinado entre o PSD e o Governo prevê que os suspeitos de crimes de colarinho branco fiquem de fora da prisão preventiva.) D.D.

Igualdade entre cidadãos no trato com a (e pela) justiça…
Combate à corrupção…
Sim também já me tinham dito….

domingo, outubro 08, 2006

A terra das grandes promessas.

A paranóia instalada na América, muito por causa do ocorrido em 11 de Setembro,(para a história fica a morte de centenas de cidadãos inocentes) para lá de ter contribuído para a histeria colectiva e de algum modo para a subserviência do cidadão face ao estado, que em nome da “segurança” vai cerceando a liberdade de todos (?) quantos pretendam rumar ao país das “liberdades”.

Ao cidadão comum Americano, pouco mais resta que procurar sobreviver neste caos que é afinal a insegurança instalada por força da “inteligência” artificial que tem comandado os desígnios daquela nação.
Não admira pois que muitos daqueles cidadãos acabem por se sentir reféns no seu próprio país.

A Administração Americana pretende (mercê da sua incapacidade e desonestidade internas) devassar a personalidade de cada um que procure visitar a nação, em nome de pretensa segurança.

(Bombistas do 11 de Setembro estavam na lista dos "proibidos de voar”)
O que quer que isto represente, é afinal o retrato da América…

quinta-feira, outubro 05, 2006

Um apelo concertado

No dia oficial da Republica, o Presidente da nossa, deixou um recado comum.

Não vale a pena procurar os alvos ou outra leitura que não a do discurso propriamente dito.

Num pais onde o descrédito na justiça faz presença diária, nada mais conveniente que um discurso oficial, para ofuscar a “marginalidade” da justiça.

Posso eu enquanto cidadão de pleno direito, confiar que a justiça deixará de ser um obstáculo à descoberta da verdade seja ela qual for, após o discurso presidencial de hoje?

quarta-feira, outubro 04, 2006

Nua

A verdade quer-se nua e crua.

“Direito ao assunto” é um novo livro já nas bancas, seu autor, o ainda Procurador-Geral da Republica.

É, depois resta pouco tempo.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Os novos esclavagistas

Estão plenamente identificados nos Países de origem.
Estão bem referenciados nos países de “acolhimento”.
Escudam-se num proteccionismo a que é vulgar chamar corrupção.
Têm “saída” garantida para a mão-de-obra barata que oferecem, nos empresários sem escrúpulos que por aí abundam.

A Europa mostra-se preocupada com as vagas de novos escravos, cria leis para a deportação mas não ataca o âmago da questão.

E que tal, a exemplo de outras tristes ideias , construir um muro em redor dos países do Norte de Africa?