sábado, setembro 30, 2006

1 de Outubro - todos os dias.

Há quem se preocupe com os idosos, que acabam por ser aqueles cujos anos vão passando, quase sempre sobre vidas duras, sacrifícios tamanhos.

A sociedade na generalidade olha-os como peças excedentárias, ultrapassadas, sem préstimo ou uso.

Nas famílias, ainda se tende a aproveitar os idosos para as tarefas delicadas de cuidar dos mais novos.

Mas o dia a dia mostra-nos, que a voragem dos quotidianos, por demais manietados pela sociedade de consumo, vai empurrando os idosos para fora das famílias.

A proliferação da indústria de centros de “acolhimento” de idosos é disso prova suficiente.

Há excepções felizmente, um pouco pela generalidade das autarquias, onde os serviços das misericórdias vão levando algum linimento aos idosos mais carenciados.

Mas é no seio da família que deve residir o Amor.
E não apenas a 1 de Outubro.














Árvore dos Velhos - Terena

sexta-feira, setembro 29, 2006

Um pedido de desculpas não basta

O mal está feito, o governo deu cobertura (Mário Lino), o dono da obra (Mineiro Aires) violou a lei.

“Passagem subterrânea vedada a cidadãos com deficiência”.

Sr. Presidente da Associação de Deficientes, um pedido de desculpas não resolve a tremenda sacanice praticada por meia dúzia de sujeitos, alegadamente não deficientes sobre uma população de cidadãos portadores de deficiência.

Aquela travessia do Terreiro do Paço, há tantos anos um caos, bem poderia esperar mais uns dias pelas melhorias.
E agora cabe perguntar, com a abertura da nova travessia pedonal, é encerrada a antiga?
E as cadeiras de rodas???

quinta-feira, setembro 28, 2006

Da Guiné à Azinhaga do Ribatejo.

Eram 41 meninos feito homens, a quem a falta de coragem ou de jeito, empurrou para aquele barco rumo a terras de África.

Em consciência, tinham uma vontade férrea de regressar juntos tal qual como partiram.

Por lá.
A coragem individual, aliou-se à coragem colectiva de auto protecção e todos regressaram dois anos decorridos, sem mazelas de monta.

Mas a vida contabiliza os erros e excessos cometidos no seu percurso e hoje fui acompanhar um desses companheiros de aventuras Africanas ao cemitério da sua Aldeia.

Soube então, que dos 41 já só restarão 38 ou 39.

Vamos procurar manter-nos vivos, está bem?

quarta-feira, setembro 27, 2006

Consciência pervertida

As taxas moderadoras nunca honraram o nome que lhes foi aplicado.
Na verdade elas não moderaram utilização nenhuma.

Agora já se manifesta a intenção de as rebaptizar.
“Taxas de utilização”.

Mais de acordo com qualquer merceeiro, que não recua em taxar a utilização dos sanitários do seu estabelecimento.

Assim o ministro Correia de Campos, entre lamentos e lágrimas de crocodilo, sempre vem admitindo que a expectativa da receita gerada, vai dar para suprir alguns pagamentos menos claros.

Mas terá, se ainda estiver de bem com a sua consciência, de admitir que vai acabar por perverter o acesso aos cuidados de saúde da maioria dos cidadãos deste país.
E não menos grave, vai acabar por limitar o tempo de internamento ao mínimo indispensável, mesmo contra toda a ética dos procedimentos médicos e sob a responsabilidade dos utentes.

terça-feira, setembro 26, 2006

Complicado

12 Horas por dia

É um número tão bom como qualquer outro, não se desse o caso de estarmos a considerar a saúde dos Portugueses.

Alargar os períodos de consultas externas nos hospitais, das 4 ou 5 horas actuais, para as tais doze (das 8 às 20) não pode ser uma mezinha caseira.

Tem de ser uma profilaxia eficaz.

Complicado é tirar “freguesia” aos privados…

sexta-feira, setembro 22, 2006

O costumeiro receituário

Um comprimido para Portugal

E um “supositório” para os Portugueses.

Os planos do tal compromisso Portugal.

(um toque rectal para os promotores)

quinta-feira, setembro 21, 2006

Quem te avisa…

Em nome de uma determinada convergência, vem o executivo estabelecer a obrigatoriedade, para os funcionários públicos, de “confirmarem” os atestados médicos junto de uma entidade do SNS.

Aqui d’el rei clamam os sindicatos, mais preocupados com a possibilidade de algum controlo sobre as baixas fraudulentas, do que propriamente com a defesa dos seus associados.

A tal convergência não tardará, até porque os sinais são mais do que evidentes, em obrigar os funcionários públicos a recorrerem ao SNS, deixando de ter a hipótese de escolher o seu médico “particular” e de apresentar a factura depois.

A ver vamos…

quarta-feira, setembro 20, 2006

Depois do jantar

Debruço-me da minha varanda baixa sobre as profundezas do Mundo
E apenas entrevejo as raízes podres de meu País.

Há agitação nas ruas, algumas esquerdas abatem os esquerdistas e nas fronteiras varandas, longas bandeiras verde rubras lembram o infortúnio da Nação.

Não pensem, se é que ainda pensam, que é o juízo final que se aproxima, nada disso. Apenas as mãos unidas na lavagem da porcaria que as sujou, as colou…

terça-feira, setembro 19, 2006

O fim há vista

O ministério dito da Saúde, debate-se há alguns anos com o crescimento das listas de espera para consultas, cirurgias etc.

Visionário, o ministro da tutela, pensa ter encontrado a solução.

Taxas moderadoras…

Reclusos

São por definição, indivíduos privados da liberdade pública, na generalidade por abusos ou crimes contra a sociedade em geral, ou algum cidadão em particular.

Não interessa aqui analisar as motivações de ninguém, da comunidade de presos.

Do estado, que nem sequer é lesto na aplicação da justiça, seria de esperar que contribuísse de forma firme, justa e eficaz para a reinserção dos reclusos.

(Afinal não é essa a função primeira do sistema prisional?)

Mas haverá falta de tempo e de vontade humana, a par da costumeira inércia política.

Os viciados em drogas, leves ou duras, são apenas pessoas doentes, que necessitam de tratamento urgente.
(A tuberculose tem vindo a alastrar, porque o estado se destituiu das suas funções)

A troca gratuita de seringas nas prisões serve apenas para perpetuar a doença daqueles reclusos e quiçá para amnistiar o tráfico de drogas nas prisões e fora delas.

Saúde pública é apenas um “chavão” que dá cobertura a muitas anormalidades cometidas na gestão da sociedade.

Desta decisão de permitir a troca de seringas nos estabelecimentos prisionais,afinal quem beneficia?

segunda-feira, setembro 18, 2006

Á escala 1/2 : 1/2

Nesta escola, não há falta de mesas e cadeiras
Quem está um degrau acima, sobressai...
As crianças estão de pé e percebe-se porquê...





foto TVI

domingo, setembro 17, 2006

Pouco iluminado

“Li uma citação com a qual não me identifico”

Terão sido mais ou menos as palavras do chefe da igreja católica em jeito de justificação, para a “verdade” “ambígua” anteriormente proferida.

E interrogo-me eu, fazendo fé na imponência do ilustre personagem, quantas vezes mais terá suma eminência proferido discursos com os quais não se identifica?

sexta-feira, setembro 15, 2006

A AIEA

Agência Internacional de Energia Atómica, anda fula!

Com as mentiras dos “radicais” Iranianos.
Com as mentiras dos “democratas” Americanos.

E adivinha, receia, teme que as mentiras dos Americanos, acabem por soltar um ódio novo ao Ocidente.

Parece evidente, que esta preocupação da AIEA, contestando os relatórios das secretas Americanas sobre o nuclear do Irão, tem o peso da sua verdade Iraquiana em oposição às mentiras dos Americanos e seus aliados Ingleses.

Para reflectir, quem ainda se ilude com a boa “vontade” dos governos Americanos.

(A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) classificou ontem um relatório do comité permanente dos serviços secretos...)DN

quinta-feira, setembro 14, 2006

Pífaros de barro

Correm por aí ventos de desesperança, de insegurança, de desconfiança.
Eu incrédulo não os entendo.
Alguém poderia por um segundo que fosse, almejar outro desfecho para tantas aberrações da justiça e de todos os elementos a ela (ou à falta dela) referenciados?

Evidentemente não estou a procurar ligar a (provável) inconstitucionalidade de uma lei do governo de 1991 sobre a corrupção no desporto e os agentes agora indiciados, ainda que muitos deles até sejam conotados com o governo da época.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Neandertais sobreviveram até aos nossos dias...

As autarquias estão endividadas, ponto final.
O estado está endividado, ponto final.

Já sabemos que a situação das primeiras se fica a dever, não aos compadrios mas há inexperiência como gestores dos dinheiros públicos.
Já sabemos que a situação do segundo se fica a dever às políticas desastradas dos governantes que por lá têm passado.

Mas daí, até os miúdos terem de levar para a escola para além dos livros, os pratos, copo e talheres para a sua refeição, só nos tempos do Neandertal.

segunda-feira, setembro 11, 2006

De táxi ou de Ambulância?

Sem grandes pompas de circunstância, é anunciada hoje a abertura de novas Unidades Familiares de Saúde.
As tais que na óptica do MS vão disponibilizar médicos de família, aos utentes sem médico.

O início da minha vida nestas andanças dos Blogs, deveu-se precisamente a uma curiosidade.
A existência de utentes sem médico de família e de médicos sem utentes familiares.
Claro que pretende ser um trocadilho.

Mas a realidade não tardará a aparecer e provavelmente será escamoteada.

Que é como quem diz, numa qualquer dessas UFS, a prática vai demonstrá-lo, um médico aderente a este sistema, acabará por arrastar os seus utentes “familiares” do centro de saúde onde trabalhava, para este novo local.
Não me admiraria nada, que amanhã, um utente com médico de família num dado posto médico, se veja a braços com a falta deste, sendo obrigado a “acompanhar” o “seu” médico, para a nova localização.

O diálogo poderá muito bem ser este.

Utente
Queria uma consulta para o Dr. Anselmo.
Funcionário.
O Dr. já não dá consulta aqui, agora está em Lisboa.
Utente
Não faz mal. Marque a consulta e diga-me como vou para lá.
De táxi ou de ambulância?

domingo, setembro 10, 2006

Cinco anos após


Um 11 de Setembro diferente de todos os 11 de Setembro que tive a oportunidade de viver.

Naquele ano de 2001, beneficiei da oportunidade à muito esperada e não menos suada, de me deslocar à cidade luz.

Nesse dia 11 de Setembro, fui talvez dos últimos a poder subir à torre de Monteparnasse, (local privilegiado para observar a panorâmica de Paris, incluindo nesse pacote a Torre Eiffel) antes desta ser encerrada, pelo receio da repetição dos acontecimentos de Nova Iorque.

Um choque, a visualização das imagens que a TV5 passou a transmitir sobre os actos terroristas praticados sobre as duas torres gémeas e a população indefesa.

Volvidos 5 anos sobre a tragédia, o mesmo choque, ou se conseguirem entender, uma raiva surda.

Então não é, que aqueles acontecimentos estão sempre a ser colocados em causa, até por uma larga maioria de Americanos?

Não que se duvide que tenham acontecido na verdade, mas tão grave como o numero de vítimas inocentes, são as motivações, ou a identificação da mão de quem encomendou aquele acto…

sexta-feira, setembro 08, 2006

Saudade, mais do que nostalgia…


Olhavas sereno, na tua escuridão do fim de tarde.
Dizias-me indeciso, mais numa afirmação que interrogação.
São quê?
4 Horas?

Eu, criança, confirmava. São quatro e tal…
E olhando-te nos olhos mortos, interrogava-me como é que ele sabe?

Depois voltavas à tua observação enublada, nas mãos trémulas tentavas enrolar um cigarro, feito de mortalhas Conquistador e tabaco Duque que conseguias sem ver retirar da onça.

Eu olhava para ti, triste, porque nunca mais te vi sorrir…

Embevecido, escutava-te contando histórias das fainas que nunca mais haverias de partilhar, enquanto te aconchegavas mais há "ravessa" da duna, aqui e ali levemente açoitada pela brisa de Novembro.

O mar está calmo, dizias. Não o oiço ralhar…
Num gesto quase mecanizado aconchegavas o teu “barrete” negro tentando proteger-te do frio, que eu não sentia.
E eu, criança, sem perceber a razão da tua cegueira, da tua pobreza, olhando-te lá no alto da tua estatura agora ligeiramente curvada, revoltava-me.
Com a tristeza de alguns dos teus filhos, que achavam que devias ir pedir esmola.

E eu, criança revoltada, nunca deixei, nunca perdoei…

Nem hoje Avô!
Não perdoei ainda…

quinta-feira, setembro 07, 2006

Uma anedota ao fim da tarde


Há um aparente frenesim na Comissão Europeia que tende a procurar decifrar a fábula da Democracia Americana.


Conceitos de um ferem os conceitos de uma maioria.
E agora?


Descoberta que está a verdade, pela própria boca do estulto predador.
É desta que a velha Europa vai levar o prevaricador aos bancos da justiça?

Não me façam rir, não gozem com o povinho…

quarta-feira, setembro 06, 2006

Temo

Que o calor da sua “inteligência” ande a incubar vírus maliciosos…

(O presidente Bush reconheceu pela primeira vez, a existência de prisões secretas da CIA espalhadas pelo mundo.
Lá onde os norte-americanos interrogaram "importantes" suspeitos de terrorismo.)

O fantasma

Poderia ser o cognome do ministro da saúde do governo de José Sócrates.

Não se desse o caso de estar a lidar com a saúde de todos os Portugueses, todos não, apenas dos mais carenciados, (ainda que a maioria) aqueles que não têm condições económicas para pagarem os tratamentos médicos (privados), de que carecem e aos quais o SNS não dá resposta.

Das Unidades Familiares de Saúde, quatro terão entrado em funcionamento na maior das confusões.
As restantes aguardam para ver.

O logro hipócrita da posição Ministerial, quando considera positiva a ideia dos doentes terem a hipótese de recorrer aos serviços de saúde de outros Estados membros da CE.
Já a antever o fecho de mais maternidades, centros de saúde etc.!?

O abandono dos doentes à sua desdita, cujo caso recente da criança que sofreu queimaduras horríveis é um triste exemplo.
Não há em todo o país uma unidade de queimados para crianças!?

O silêncio cúmplice de ministro e médicos quanto às listas de espera para consultas, cirurgias e outros actos médicos mais simples.

domingo, setembro 03, 2006

Produção de ópio atinge recorde absoluto.

Esta é uma noticia que passa despercebida na maioria das sociedades modernas.

«O cultivo de ópio (base para o fabrico da heroína e da morfina) está fora de controlo»
DD

Entendo que a intervenção Americana e de seus aliados no Afeganistão não tinha, não tem os fundamentos imperiais de acabar, concedendo outras condições de vida às populações do território, com a plantação de ópio.

Fica a quase certeza, que os 4,5 biliões de dólares de fundos administrados pelo Banco Mundial, com objectivos predefinidos na construção de instalações de educação saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de sectores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações, não foi minimamente alcançado, por razões que a evidência testemunha.

Lá onde interesses menos claros se escondem, dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 257 por 1000 nascimentos.

Fica a certeza do falhanço da democratização do tipo Ocidental por essas terras Asiáticas.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Empregadores

O que este denominado caso “Mateus” vem demonstrar, para lá da evidente manifestação de podridão que envolve o que ao futebol respeita, é afinal tudo quanto se tem dito e escrito mas nunca resolvido.

Em Portugal existem muito poucos empresários.

Campeiam por aí muitos maus empregadores e na generalidade, muito pouco honestos.


Imagem daqui